sexta-feira, 23 de março de 2012

Utopia

Ele que acreditava em um dia poder mudar o mundo, parou. Parou e pensou o quão bela a vida poderia ser, não fosse toda aquela burocracia experimental, de onde não saímos por simplesmente sentir o medo do novo.

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"Mar de gente" por Diego Catto


Amarrados e encostados na sombra de algo que não cresce, nem amadurece.

"Debaixo de tanta sombra assim, nem vida ali fora deve existir" - pensou. E, aprendendo todo dia, com mestres da utopia, que todo aquele sol, as nuvens e o mar, causam boa impressão só no olhar, pois, no fundo, eles querem mesmo é te derrubar.

E dá pra não sentir medo? Ué, medo de que? Da vida? É no mínimo estranho.

Sei que uns já tentaram, falharam e voltaram. Mas e o preço de saber que ali você pode viver? Isso todos se esquecem. Amadurecem apenas o pensamento de que ali, sob as asas de seu gavião-pai, estará sempre seguro. Seguro de que?

Das gastrites, e das diversas "ites"? Dos anseios, e seus diversos conceitos?

Avante! ó mentes que desejam ser ensolaradas, apreciadas, renovadas... Força pequenos brilhantes, que sabem que com apenas uma meia e uma ideia conseguem ser estonteantes!

Acredito nos milagres. Acredito nos bons. Sei que tudo se acaba assim, como tudo aquilo que semeou!

Ps.: Não se esqueça, de que os sujos e depravados aplicadores de veneno morrem por exalar do próprio perfume. Apenas seja aquilo que a sua essência lhe diz, e o resto será a mais pura verdade.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Eis o jargão!

Suas doenças e meus anseios provém daquilo que, muito imundamente anda por entre as vielas daqui e de acolá.

Minhas noites mal dormidas são o alívio de um grande que, muito perversamente se aproveita do sumo social que ainda não foi extraído - vendido a preço de cacho, mas pago a preço de bagaço.

Existe uma grande pretensão que paira sobre nossas cabeças. O sentimento de satisfação as vezes tem outros nomes, outras formas. Ou mesmo são as mesmas formas, mas apenas com outras aparências.


Você é o famoso quem?

Subitamente paro e penso em tudo aquilo que um dia você me fez esquentar. Esfria e esquenta, até fundir aquela que não possui manual de instruções. Funde e enverga, torce mas não quebra - graças ao bom Deus.

Adianto por aqui a minha insatisfação com os seus compromissos e seus planos. Sei que tudo aquilo que você ingere é uma farsa. E seus dejetos saltarão sobre seus olhos, e então, involuntariamente vai se lembrar daquilo que acaba de ler. Não falo do mal cheiro de seus excrementos, e sim do seu conteúdo fraco, líquido e pobre.

Qual será o melhor dia para colher aquilo que nunca se plantou? Aquilo tudo o que o outro espera, ou mesmo aquilo tudo o que outros o fazem esperar, ou querer.

Me refiro aos que se travestem para outros. Aos que fingem ser amigos do dono do mundo. Aos que riem em suas confraternizações porcas e sombrias. Aos que mentem suas famílias. Aos que, muito obviamente se fazem de palhaços e fingem não saber qual é o número exato daquilo que os calça.

Você saberá quando umas e outras peças se encaixarem. Você sentirá, mesmo que somente com a ponta dos dedos, a força que as palavras e simples gestos possuem. Você se queima, se apaga, mas as seqüelas ficam. Você se cura, mas as lembranças não.

E então te pergunto: Ser ou não ser?

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Só depois do carnaval!

Um marasmo está no ar, só não sei se vai nos derrotar. Acorda pequeno, sabia que você pode ser aquele tal? Usar cavanhaque, beber conhaque e passar uma segunda toda só no quintal? Quem te impede é você mesmo, seus medos e anseios. A vida é maravilhosa para vivermos só de prosa. Quero ver ação, sorrisos e muita descontração. Merecemos sair da rotina, ligar pra menina as três da matina! O país nunca parou, nem vai parar. É só um tipo de comportamento, que logo vai mudar. Não sei pra onde ele se vai, mas acredito que daqui ele sai. Ó céus, ó vida, até quando tenho que ser a ferida? Deixa, vai, mesmo que só uma vez, eu ser o curativo que sara de vez. Deixa-me ver o mundo lá fora, cheirar uma planta e abraçar uma bola. Deixa eu ser maior, vai. Deixa se livrar esse espírito que daqui não sai. Vamos menino, não abaixe a cabeça. Olhe pro espelho mais uma vez e diga "Vou ser feliz, o que quer que me aconteça!"

Sorria!


Só depois do carnaval é que se chega o dinheiro. Mas o engraçado é que ele é visto andando e se sujando por aí o ano inteiro! Demagogia? Astrologia? Creio que não... Afinal, vai demorar pra acabar esse mundão. O país empaca, empata e goleia. Sorria, meu filho! É tempo de ver areia. De cair no mar e salgar a boca, que, coitada, já é usada tão pouca.