segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

As laranjas podres

De tudo fazia para ter amor. Mas, o pior de tudo, é que não sabia realmente o que queria. Amor, dor, prazer, ardor... Ele não definia se sofria ou se sorria.

Tratava com tanta calma e tranquilidade aquilo que realmente era um mar de confusão e inquietude. Dava aos próximos a impressão que, mesmo assim péssimo por dentro, era o grande, o destemido e vencedor.

Preocupado, um grade amigo, que na verdade já não sabe mais o que é, decidiu tentar entender. Sozinho, pois aquele um já não estava mais próximo o bastante para uma desses conversas francas de homens.


Verde-branco-laranja. A mais bonita das podres.
Mas, tentando entender, decidiu esquecer. Cansado de pensar em quão dura a vida pode bater naquele que tenta ser apenas mais um que decidiu aparecer. E, como a laranja podre se destaca das demais, ele quer ter seu reconhecimento, custe o que custar, seja da cor que for.

Pois então, de preocupado à não-amigo, decidido e despercebido, passou pela vida de quem um dia pensava ser um primo, talvez.

A laranja podre começa se apodrecer por dentro, para depois mostrar seu lado verde e obscuro por fora. Infectado, amaciado, destruído e descuidado, ele mesmo agora só espera a hora de mostrar para seu externo, aquilo que realmente cultiva por dentro.


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